A Justiça Federal ouviu ontem o depoimento do ex-consultor da empresa Toyo Setal, Júlio Gerain Almeida Camargo (foto), que confirmou ter pago R$ 12 milhões ao ex-diretor de Serviços e Engenharia da Petrobras, Renato Duque. Ele afirmou que, nas gestões de Duque e do ex-gerente Pedro Barusco, as empreiteiras tinham que pagar 1% dos valores dos contratos com a estatal. O ex-consultor disse que fez o pagamento para garantir que o consórcio formado pela Camargo Correa e a Setal Óleo e Gás assinasse contrato com a Petrobras para ampliar a refinaria Repar, em Araucária, no Paraná, por R$ 2,4 bilhões. “Tinha uma regra de 1%, mas isso era muito flexível e muitas vezes era negociado. Paguei em torno de R$ 12 milhões. A maioria dos pagamentos era feito no exterior, em contas indicadas no exterior, e outra parte em reais, no Brasil”, frisou Camargo.
