O governador Fernando Pimentel (foto) terá uma árdua tarefa pela frente caso queira mesmo, como prometeu, dar uma nova estrutura à educação pública em Minas e, principalmente, melhorar as condições salariais dos servidores. Os professores foram os primeiros a cobrar a promessa, reafirmada em três documentos de campanha assinados por Pimentel e, ainda neste mês, participam da primeira reunião da comissão criada por ele para analisar o assunto e propor soluções. Professores cobram o pagamento do piso nacional da categoria e não aceitam aumento da carga como prevê a lei do piso. Atualmente o professorado do Estado recebe salário equivalente a 24 semanais. Na opinião de técnicos das secretarias de Educação e de Fazenda será, pelo menos neste ano, impossível ao governador atender a reivindicação de pagamento do piso. A área de educação em Minas representa 63% de todo o funcionalismo e consome aproximadamente 43% das despesas com pessoal. Em dezembro foram feitos 408 mil pagamentos da Secretaria de Educação, sendo 146 mil de servidores aposentados e 28 mil de servidores afastados à espera de aposentadoria. O restante dividido entre servidores efetivos, efetivados e designados, que totalizam 95 mil. A grande maioria de servidores da educação é de professores. Pelos números não é difícil constatar que o novo governo tem um problema praticamente insuperável pela frente. A não ser, lógico, que a arrecadação estadual dê um salto espetacular ou que venha ajuda federal. Só de curiosidade: os melhores salários do Estado são pagos aos servidores da Secretaria da Fazenda.