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O PMDB que Temer conhece vai se ajeitando

Paulo César de Oliveira
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O vice-presidente da República, Michel Temer (foto), minimizou ontem (28) qualquer mal-estar provocado pela divergência entre os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, em torno da votação da Lei da Terceirização. O projeto foi aprovado na última semana pelos deputados e depende agora da aprovação dos senadores. Calheiros antecipou que é contrário à proposta. Segundo Temer, não existe um desentendimento pessoal. “O Legislativo é um lugar de conflito nas mais variadas matérias. Muitas vezes há certa divergência entre presidente da Câmara e do Senado. Mas isto se decide na votação”, afirmou. O vice-presidente foi à Câmara para falar, como presidente do PMDB, sobre a posição do partido em relação à Reforma Política e se mostrou otimista em relação à divergência. Temer garantiu que a divergência provocada pelo projeto de lei da terceirização não afetou internamente a legenda. “O PMDB sempre foi um partido de muitas opiniões e sempre cuidamos de juntar essas opiniões. É o que estamos fazendo agora. Não tenho nenhuma preocupação quanto a isto”, afirmou. Temer afirmou ainda que as negociações em torno das medidas provisórias que integram a estratégia do governo de fazer um ajuste fiscal estão avançando positivamente. Segundo ele, o governo terá que dialogar, mas os acordos, nesta fase, estão “bem encaminhados”. “Acho que vamos conseguir. Estive recentemente em Portugal e na Espanha e verifiquei que o ajuste fiscal deu ótimos resultados como vai acontecer no Brasil”, completou.

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