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Estamos quase nos dois dígitos

Paulo César de Oliveira
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A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou – no acumulado dos últimos doze meses – o índice de 9,56%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA acumula nos primeiros sete meses do ano elevação de 6,83%, acima da taxa de 3,76% de igual período de 2014, registrando o índice mais elevado para o período de janeiro a julho desde 2003, quando a taxa alcançou 6,85%. A taxa de 9,56%, correspondente ao período de um ano, ficou acima dos 12 meses imediatamente anteriores, quando o acumulado atingiu 8,89%. Esse foi o total acumulado em 12 meses mais elevado desde novembro de 2003, quando atingiu 11,02%. Em julho deste ano a alta do IPCA foi 0,62%, resultado 0,17 ponto percentual inferior à taxa de 0,79% da variação de junho. O IPCA – produzido pelo IBGE – é o indicador oficial do governo para aferição das metas inflacionárias. O índice mede a variação do custo de vida das famílias com chefes assalariados e com rendimento mensal entre um e 40 salários mínimos. Os dados foram divulgados ontem (7) pelo IBGE e indicam que a variação de julho foi a mais alta para o mês desde 2004, quando atingiu 0,91%.

 

Enquanto inflação sobe, produção industrial cai

Também ontem o IBGE informou que a produção industrial caiu, de maio para junho deste ano, em sete dos 14 locais pesquisados por seus técnicos. As principais quedas observadas foram no Rio Grande do Sul (-2,3%), Região Nordeste (-1,1%), Amazonas (-1,1%) e Santa Catarina (-1%), de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal-Produção Física Regional. Também registraram recuo na produção São Paulo (-0,8%) – parque industrial mais diversificado do país – Minas Gerais (-0,5%) e Rio de Janeiro (-0,2%). Os sete estados contribuíram para a queda da média nacional (-0,3%). A produção em Goiás ficou estável e seis estados tiveram alta: Pará (2,9%), Ceará (2,6%), Bahia (2,2%), Pernambuco (1,4%), Espírito Santo (1,1%) e Paraná (0,8%). Em outros tipos de comparação temporal, o IBGE também avalia o estado de Mato Grosso. Na comparação com junho de 2014, sete dos 15 locais avaliados tiveram queda, com destaque para São Paulo (-9,2%). Santa Catarina manteve o índice e sete locais tiveram alta, sendo a maior delas no Espírito Santo (13,3%). No acumulado do ano, houve queda da produção industrial em 12 locais, com destaque para o Amazonas (-14,8%), estabilidade em Mato Grosso, e alta em apenas dois estados – Espírito Santo e Pará. Já no acumulado de 12 meses, 11 locais registraram queda, sendo o maior deles registrado no Amazonas (-11,8%), e quatro tiveram alta.

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