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Planejamento e o futuro de Minas

Paulo César de Oliveira
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Para debater o futuro de Minas Gerais e destacar a importância do planejamento, o Diário do Comércio, com apoio da FIEMG, promoveu, o seminário “Minas 2032 – Desafios e Oportunidades – Planejamento e Estratégias. Realizado na sede da FIEMG, o evento teve dois painéis: Crise política e econômica – o papel do empresário e Mineração e Siderurgia. O presidente do Diário do Comércio, Luíz Carlos Mota Costa, explicou que a ideia do seminário foi inspirada no balanço da situação brasileira que o jornal fez na ocasião dos 80 anos da empresa. Desta vez, contou Costa, preferiram olhar para frente, para o ano em que o Diário do Comércio fará 100 anos. O objetivo é fazer um convite à reflexão sobre a economia mineira. “Queremos também resgatar uma ideia que está um tanto esquecida, que é a do planejamento. Não podemos perder de vista que a crise vai passar, e temos que estar preparados”, disse. O executivo de Economia da FIEMG, Guilherme Leão, iniciou sua participação, no primeiro painel, analisando os “sucessivos erros na política econômica” que levou o país à crise. Ele avaliou que a combinação de inflação em alta, taxas de juros em queda e estímulo ao crédito teve resultados desastrosos para a economia. Ao mesmo tempo, fatores políticos contribuíam para agravar a situação: congresso mais pulverizado em 2014, falta de liderança do governo e corrupção e jogo de interesses que barram as reformas necessárias. “Os salários também cresceram acima da produtividade. Não se faz política de bem estar social sem crescimento”, criticou.

 

Governo sem visão

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Altamir Rôso, contou que no tempo em que está no governo procurou conhecer o que havia sido feito em termos de política de desenvolvimento. Rôso disse nada ter encontrado. Em vista disso, prosseguiu o secretário, o maior desafio de sua pasta é criar vetores para o progresso de Minas. E isso deve ser feito em parceria com a iniciativa privada. Ele também avaliou que o estado deve trabalhar para diversificar sua pauta de exportações e não depender tanto de commodities. Em seguida, adiantou detalhes do Programa Desenvolve Minas. “Vamos reunir os dados sobre o potencial de Minas que estão dispersos por diversos órgãos em um único lugar, e vai estar disponível. Empresários poderão usá-los para avaliar o melhor lugar para instalar sua empresa, por exemplo”, disse. O presidente do Sistema FIEMG, Olavo Machado (foto), criticou a falta de visão do governo para a importância da indústria para a economia saudável do país. Ele concordou com a análise de Alice Jorge sobre o cipoal burocrático que atravanca o desenvolvimento do país e citou outro: o das leis ambientais. Ele propôs união entre diversos setores da sociedade para que o Brasil supere a crise e entre na rota do desenvolvimento. “Se quisermos chegar bem em 2032, temos que firmar um pacto”, disse.

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