* Numa tentativa de empurrar o julgamento das contas de 2014 do governo da presidente Dilma para o ano que vem, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu manter a ideia inicial e dar o prazo de 45 dias para que o governo possa se defender na Comissão Mista de Orçamento (CMO). “Bem como para evitar eventuais alegações futuras de nulidade, entendo devido conceder à parte interessada, nos mesmos moldes que se fez no âmbito do Tribunal de Contas da União por ocasião do exame técnico da prestação de contas, o prazo de trinta dias, prorrogável, se for o caso, por mais quinze dias, para que, se o desejar, possa exercitar o contraditório nos presentes autos”, diz trecho do despacho assinado por Renan Calheiros (foto). É a “pedalada parlamentar”.
* Em palestra para empresários ontem, em São Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique disse faltar ao país liderança para que seja superada a atual crise econômica e política. Ele reafirmou sua posição contrária ao impeachment da presidente Dilma, apesar de seu partido insistir na necessidade da medida. Para Fernando Henrique, mudar a pessoa não adianta, pois o país necessita de mudanças na estrutura de comando, sem, no entanto, apresentar propostas para mudança do sistema político.
* Não durou nem 30 minutos a sessão extraordinária convocada para a manhã de ontem (21) na Assembleia Legislativa. À tarde, a sessão não foi aberta por falta de quórum. Onde estão os deputados?
* O deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) falou que o PT sempre sonhou com a federalização das eleições. Mas isso não aconteceu quando elegeram Lula e não deve acontecer agora, quando o partido não está bem posicionado. Para ele, os candidatos têm que saber falar para a cidade e trazer novos conceitos e conteúdos para a administração municipal.
* O deputado Vanderlei Miranda lembra uma frase usada pelo ex-presidente Jânio Quadros para explicar o que é o PMDB. “O PMDB é uma arca de Noé com todos os bichos que Noé conheceu e não conheceu, só que sem Noé”.
