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Ex-governador Eduardo Azeredo é condenado a 20 anos de prisão

Paulo César de Oliveira
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O ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB) foi condenado, em primeira instância, a 20 anos e 10 meses de prisão, em regime inicialmente fechado, pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. A sentença foi proferida ontem pela juíza da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte, Melissa Pinheiro Costa Lage. Da decisão cabe recurso e ele pode recorrer em liberdade. Azeredo foi condenado por crimes cometidos durante a campanha eleitoral para sua reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998. O ex-governador foi condenado por sete crimes de peculato – que é o desvio de bens praticado contra a administração pública por servidor público– e seis crimes de lavagem de dinheiro. Além disso, foi condenado ao pagamento de 1.904 dias-multa cujo valor, segundo o Fórum Lafayette, de Belo Horizonte, foi fixado em um salário mínimo vigente em 1998. A denúncia do Ministério Público Federal é a de que na disputa pela reeleição em 1998, Azeredo (foto), tendo como vice Clésio Andrade, à época filiado ao PFL e atualmente Democratas, se beneficiou de repasses estatais para o suposto patrocínio de eventos esportivos. As estatais, de acordo com a denúncia, repassavam a verba à empresa SMP&B, de Marcos Valério, e esses recursos abasteciam a campanha. A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig) teriam repassado, cada uma,  1,5 milhão de reais à SMP&B, de Marcos Valério. Do Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) teriam saído outros 500 mil reais para o suposto esquema. Em 2010, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) aceitou denúncia contra 11 denunciados.

 

Secretário de Pimentel presta depoimento na Justiça sobre o mensalão tucano

Um dos réus no processo do mensalão mineiro, o secretário da Fazenda do Governo Pimentel, do PT, José Afonso Bicalho, prestou depoimento durante 30 minutos ontem no Fórum Lafayette. Ele negou ter assinado cinco cheques no valor de 100mil reais para patrocinar um evento esportivo. Pela denúncia, o dinheiro foi repassado pelo Bemge, quando Bicalho era presidente (1995 a 1997). O secretário afirmou em seu depoimento à juíza Melissa Pinheiro Giovanardi, que ficou “pasmo quando afirmaram que os cheques foram assinados por mim.  O que houve foi um pedido (feito pelo governo mineiro à época) que achamos que fazia sentido”. José Afonso Bicalho reconheceu que assinou apenas a autorização para o pagamento de uma das parcelas, de R$ 100 mil. O pagamento era referente a cota do patrocínio, que foi autorizado após se reunir com o comitê de comunicação do banco. Ele afirma não ter acompanhado os trâmites operacionais.

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