O PMDB voltou a sua metralhadora giratória contra o governo da presidente Dilma Rousseff. No horário de propaganda partidária ,que foi ao ar ontem, em rede nacional, a legenda apresentou o “Plano Temer” para mudar o Brasil. O partido disponibilizou os vídeos na internet antes de veiculá-los na televisão. A peça principal começa falando que 2015 foi um ano que todos torceram para terminar. Em um tom grave, a apresentadora do programa, usando roupas pretas, iniciou dizendo que “Vimos 2015 ir embora, um ano que todos queriam que acabasse logo, sem definirmos para onde ir e sem uma direção firme a seguir. E entramos em 2016 com a mesma sensação de impotência, porque, infelizmente, o desentendimento continua. E é grande. Enquanto a economia desanda, continuamos desiludidos, duvidando de tudo e de todos. A verdade é que o brasileiro empobreceu, entristeceu e o país precisa reagir já”. Para o partido, o brasileiro empobreceu e entristeceu. Desemprego, alta nos preços foram assuntos levados ao programa que lembrou que entre tantos aumentos “nem a banana é vendida mais a preço de banana”. Antes de abrir a palavra para o vice-presidente Michel Temer (foto), que também usava um terno preto, a apresentadora fala que o país precisa reagir. O vice entra em cena advertindo que “estamos vivendo dias difíceis em função de nossos próprios erros.”E continuou dizendo que “é natural que haja um sentimento de desconfiança, de abatimento, de pessimismo, o que não nos ajuda em nada. Mas há também motivos para pensarmos positivamente. E é por aí que devemos seguir. Porque é por aí que vamos vencer a crise. Ao encarar os problemas com consciência, com coragem, com convicção e, fundamentalmente, com uma união de verdade, transformaremos erros em virtudes”. Todos os outros representantes do partido, que participaram do programa, incluindo o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, o novo melhor amigo do governo, se vestiu de preto para falar que nada mais natural do que o PMDB, como maior partido do país, buscar o diálogo.
O Plano Temer
O deputado Osmar Serraglio afirmou no programa que “não dá para aceitar tantos desvios de conduta, com tanta gente fazendo coisa errada. O mineiro Saraiva Felipe falou que” não dá mais para voltar a conviver, ou seria sobreviver, com a inflação, com a recessão e o desemprego”. Até Eduardo Cunha, também com seu terno preto, teve espaço no programa para falar. “Vivemos sim, um estado de direito. Ninguém tem dúvida de que vivemos em uma democracia, vivemos o estado de direito. Vivemos o que garante a todos, sem exceção, o que a lei diz. E é numa crise como essa que vivemos, que esses direitos devem, mais do que nunca, serem preservados. O que vale para um, vale para todos”. O texto fala, ainda, em reunificar o país e que é possível retomar a confiança, o desenvolvimento e o respeito do mundo. A solução para isso: “ o plano Temer”. Antes de Michel Temer encerrar o programa cobrando o gesto, o passo que falta na direção do entendimento, a apresentadora lembra que” este ano tem eleição e você (eleitor) é o juiz”. Só faltou no programa a convocação para a manifestação do dia 13, contra o governo Dilma.
