*O senador Renan Calheiros (foto) entra no radar dos que querem o impeachment da presidente Dilma. O senador, que é o presidente do Senado e que, por isso mesmo, terá amplos poderes para influir no andamento do processo, inclusive quanto a sua admissibilidade, caso ele passe na Câmara, tem apresentado um posicionamento abertamente favorável à presidente. Para controlar um pouco o furor governista de Renan, os oposicionistas vão começar um trabalho para que o STF dê celeridade aos processos- nove ao todo- que correm no tribunal contra o senador alagoano. Querem fazer um contraponto à pressão dos governistas contra Eduardo Cunha. A questão é simples: como tirar Eduardo Cunha da presidência da Câmara por corrupção e manter no cargo o presidente do Senado também acusado de corrupto e com processos em andamento? Vem carga pesada aí.
*O ministro Patrus Ananias pode deixar o Ministério do Desenvolvimento Agrário e reassumir seu mandato parlamentar na Câmara Federal. Ele é um dos oito deputados da bancada petista que estão fora da Câmara e que deverão reassumir mandato para votar contra impeachment.
*A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça concedeu anistia política para as professoras Marilena e Kimiko Nakano, cunhadas do sociólogo Hebert José de Sousa, conhecido como Betinho, que comandou o Fome Zero. Segundo o órgão, as duas foram perseguidas pela ditadura militar e exoneradas dos cargos de professora devido ao posicionamento político delas na época. Com a decisão, Marilena e Kimiko terão direito a receber, mensalmente, a título de reparação, R$ 2.778. O valor corresponde à remuneração média de um professor do ensino fundamental. Elas também receberão um pagamento adicional retroativo referente ao tempo que não puderam exercer a atividade profissional.
