O pretexto foi a comemoração dos 50 anos de criação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço- FGTS, usado para a fala do presidente Michel Temer (foto), em vídeo divulgado ontem pelo Planalto, na prática uma resposta aos que espalharam o boato de que o trabalhador dispensado do emprego, sem justa causa, não poderá mais sacar seu dinheiro no fundo. “Se divulgou que quem tivesse perdido o emprego por despedida injusta não poderia sacar os valores do FGTS. Não é verdade. Não há nenhum pensamento a respeito dessa matéria no governo. O FGTS continuará a exercer o seu papel, como vem exercendo ao longo do tempo”. Ele ressaltou que os recursos do FGTS continuarão a ser usados, como sempre aconteceu, no financiamento de obras de infraestrutura e construção de moradia no país, sem prejuízo para os trabalhadores.
Governo não é idiota
Temer usou outro evento para defender o governo das acusações de que estão em articulação mudanças na legislação trabalhista, com o objetivo de tirar direitos dos trabalhadores e aumentar a jornada de trabalho. Ele garantiu, durante cerimônia de assinatura de liberação de recursos para a área de saúde, que seu governo nunca pensou em aumentar a jornada de trabalho para 12 horas. De acordo com o presidente, nenhum governo é “idiota” de chegar ao poder para cortar direitos dos trabalhadores. “Convenhamos, é muito desagradável imaginar que um governo seja tão, se me permite a expressão forte, tão estupidificado; tão idiota que chegue ao poder para restringir direito de trabalhadores e acabar com a saúde e a educação. E isso vai pegando e passando de um para outro com o poder extraordinário das redes sociais”. O presidente disse que vai combater este tipo de notícia falsa que serve apenas para dividir o país e cobrou de deputados, senadores e ministro o mesmo empenho em desmentir.