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Poucos brasileiros se arriscam a marcar passagem

Paulo César de Oliveira
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A queda na demanda por passagens aéreas no Brasil mostra sinais de estabilização, mas empresas seguem cautelosas quanto à procura voltada para os feriados do fim do ano, conforme o ambiente econômico no país segue desafiador. O ambiente é sentido pela maior operadora de turismo do país, a CVC, que tem observado aumento nos pedidos de orçamentos para viagens destinos nacionais, mas que não estão sendo convertidos uma vez que o consumidor ainda está deixando para comprar em cima da hora. “Há uma volta da confiança, mas não do dinheiro no bolso”, disse o presidente da CVC, Luiz Eduardo Falco (foto). Ainda assim, ele avalia que a tendência é de menos promoções agressivas perto das datas das viagens, pois há menos produtos das prateleiras.A operadora de turismo afirmou que a maior procura para as viagens de fim de ano no país recai principalmente sobre a região nordeste, além de mini cruzeiros pelo litoral brasileiro. De acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), no acumulado do ano até julho, a demanda por voos domésticos caiu 6,63 por cento sobre igual período de 2015. Já a oferta de lugares em voos teve retração de 6,22 por cento.

 

Por enquanto só parou de piorar

Na avaliação de duas das maiores empresas do setor, Latam Airlines e Avianca Brasil o mercado pode ter atingido o fundo do poço, mas as empresas não se mostram exatamente otimistas quando questionadas sobre o fim do ano, uma das épocas de maior movimento de passageiros para o setor. “A demanda no mercado de aviação parou de piorar no Brasil, mas os sinais de reação ainda são tímidos e insuficientes para sustentar uma previsão de que a recuperação começou”, disse a Latam Airlines no Brasil. Já o presidente-executivo da Avianca no país, Frederico Pedreira, afirmou que a empresa está muito cautelosa. “Está sendo um ano muito complicado, então nós preferimos ainda ver como a demanda vai se comportar em setembro e outubro antes de fazer previsões para o final do ano”, disse.

 

Real forte anima um pouco quem quer viajar

A demanda por viagens internacionais, por sua vez, mostra sinais de melhora, em meio ao enfraquecimento de 17% do dólar contra o real desde o começo do ano. A Latam Travel Brasil, unidade de turismo do Grupo Latam, afirmou que de janeiro a agosto teve aumento de cerca de 15% nas vendas de roteiros internacionais no comparativo com o ano anterior. “Há a expectativa de crescimento na procura por pacotes internacionais, especialmente porque em outubro as pessoas começam planejar as viagens do próximo período de férias escolares”, afirmou a empresa. A CVC também observa um retorno de compras para destinos internacionais, com o presidente da operadora, Luiz Falco, atrelando o comportamento também ao fato de que o público dessas viagens pertence de modo geral a um grupo de renda mais elevada e que está voltando a se planejar com a melhora da confiança na economia. Os destinos mais visados são praias na região do Caribe, afirmou a empresa.

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