Países membros e não-membros da Opep chegaram nesse sábado ao primeiro acordo desde 2001 para reduzir em conjunto a produção de petróleo e aliviar um excedente global depois de mais de dois anos de preços baixos da commodity, o que desequilibrou muitos orçamentos, provocando crise em alguns países. Com o acordo finalmente assinado após quase um ano de discussões dentro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, e de desconfiança a respeito de como a Rússia, não-membro, iria se posicionar a respeito, o foco do mercado agora muda para o cumprimento do acordo na prática. A Opep tem um longo histórico de fraudes em cotas de produção. O fato de Nigéria e Líbia ficarem isentos do acordo devido a conflitos civis que afetam a produção deve pressionar ainda mais a líder da Opep, a Arábia Saudita, a arcar com a maior parte das reduções de oferta. Na última semana, a Opep concordou em reduzir a produção em 1,2 milhão de barris de petróleo por dia a partir do dia 1º de janeiro, com a maior exportadora, a Arábia Saudita, cortando 486 mil barris por dia. Nesse sábado, os países não-membros da organização que conta com 13 produtores concordaram em reduzir a produção em 558 mil barris por dia, menos do que a expectativa de 600 mil barris por dia, mas ainda sim a maior contribuição de não-membros da Opep na história. Deste montante, a Rússia vai cortar 300 mil barris por dia.