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Nosso triste horizonte: ou ladravazes ou espertalhões

Paulo César de Oliveira
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No horizonte, ladravazes, golpistas e corruptos, que é como define o Congresso, o autocandidato à presidência, Ciro Gomes (foto). Ou ainda oportunistas que moldam seus discursos ao sabor dos fatos, sem se preocuparem com a coerência de suas ideias, se é que as têm. Aliás, dizia Assis Chateaubriand, fundador de um império do setor de comunicação, “a coerência é a virtude dos imbecis”. E imbecis nossos políticos não são. Podem ter até algumas das características, mas certamente a lerdeza não se encontra entre elas. Bem ao contrário, são espertos, ou melhor, espertalhões e sabem, perfeitamente as fraquezas dos fanfarrões que se apresentam como donos das fórmulas da verdade. Enquanto for este o horizonte visível, não sairemos da crise. Por uma razão simples: é no pântano da crise que sobrevivem, absolutamente misturados, ladravazes, corruptos e espertalhões, pois é dali que tiram suas subsistências, os primeiros criando as dificuldades para a venda das facilidades, e os demagogos a ração para alimentarem seus discursos fáceis e raivosos para enganar o povo. Diga-se que quanto mais bravos, mais messiânicos, mais fáceis de serem engolidos por corruptos e ladravazes. É hora de por fim a esta divisão do país entre este tipo de gente. O país precisa ter alguma tranquilidade para seguir adiante. A manutenção da crise e os embates que ela tem causado entre Poderes, só atrapalham a superação de nossas dificuldades. É hora de restabelecermos a ordem, a divisão e o respeito entre os Poderes e que aqueles que não são, mas se julgam Poder, se limitem às suas competências legais. Temos problemas demais para nos permitirmos assistir passivamente a demonstrações de vaidade. Também não se pode admitir que pessoas suspeitas, acusadas, ou mesmo pegas com a “boca na botija” roubando dinheiro e esperanças do país, tenham como única peça de defesa a desmoralização de nossas instituições. Não se defende, aqui, o esquecimento das denúncias com a consequente impunidade dos malfeitores. Que se investigue, processe e condene os corruptos e ladrões, todos eles, independentemente de partidos e posições que ocupem. Mas que esta batalha seja travada no campo próprio. O que não se pode aceitar é que crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, caixa2 eleitoral, roubalheiras, sejam discutidos como questão política. Não são. A verdade é que nossas penitenciárias estão lotadas com condenados por crimes menores. Chega de ladravazes e espertalhões.

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