Um dos resultados imediatos com a mudança nas regras nas negociações coletivas de trabalho será a redução dos conflitos trabalhistas. No médio prazo, trará um ambiente de negócios mais favorável e, no longo prazo, teremos aumento da formalização e redução do medo de empregar. O entendimento é do professor da Faculdade de Economia e Administração da USP, José Pastore (foto), que falou sobre essas mudanças para empresários mineiros, na 8ª edição do Encontro Mineiro de Atualização em Negociação Coletiva (EMANC), evento realizado pela Fiemg. Para ele a reforma trabalhista que tramita no Congresso Nacional tem o objetivo de garantir liberdade com proteção, com o trabalhador tendo mais espaço para negociar condições de seu interesse. Com as mudanças o que for negociado vai prevalecer sobre a lei, mas sem revogar a CLT. Caso não haja acordo, prevalece a CLT.
Mais competitividade
O ex-ministro Paulo Paiva, que também participou do evento, acredita que empregadores e trabalhadores, juntos, podem contribuir para o aumento da produtividade e, em consequência, da competitividade da economia brasileira. O ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Douglas Alencar Rodrigues, também entende que os acordos e convenções devem ser prestigiados e que a intervenção do estado seja menor. A gerente de Relações Trabalhistas do Sistema Fiemg, Verônica Álvares, falou sobre “Tendências nas negociações coletivas de trabalho”, e o presidente do Conselho de Relações do Trabalho do Sistema Fiemg, Osmani Teixeira de Abreu, que discorreu sobre “Cláusulas polêmicas em negociação coletiva”, seguiram na mesma linha de pensamento. A voz dissonante foi a do diretor do Sindicato de Metalúrgicos de Belo Horizonte, Contagem e Região, Ubirajara Alves de Freitas, discordando da forma como projeto tem sido conduzido e de seu conteúdo.