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Deputados decidem hoje o futuro do governo Temer

Paulo César de Oliveira
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O Plenário da Câmara dos Deputados vota hoje de pedido de autorização do Supremo Tribunal Federal (SIP 2/17) para processar, por crime comum, o presidente da República, Michel Temer (foto), e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral). A partir das 9 horas, os deputados debaterão parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) contrário à autorização, conforme relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) aprovado por 39 votos contra 26. Ontem o parecer aprovado na comissão foi lido no Plenário. A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Temer e os ministros de organização criminosa e obstrução de Justiça com o intuito de arrecadar propinas, estimadas em R$ 587 milhões. O Planalto nega todas as acusações. O caso envolve ainda outras pessoas que não têm foro privilegiado, como os ex-deputados Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves e Rodrigo da Rocha Loures; o empresário Joesley Batista e o executivo Ricardo Saud, ambos da J&F. Ontem o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, negou pedido das oposições de fatiamento da denúncia para votação, em separado do pedido de abertura de processos contra os ministros Padilha e Franco. Conforme os procedimentos de Plenário para análise da denúncia, a autorização só será concedida se receber o apoio de pelo menos 342 deputados, ou 2/3 do total, que terão se manifestar contrários ao relatório de Bonifácio de Andrada por meio do voto “não”. Ontem o presidente e seus ministros passaram o dia em reuniões com deputados buscando votos para evitar o prosseguimento da ação.

 

 

Oposição quer dividir espaço nas galerias na votação da denúncia contra Temer na Câmara

 

As galerias da Câmara dos Deputados podem abrir espaço para jornalistas e manifestantes, na votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, diferente da primeira denúncia, quando apenas os jornalistas tiveram acesso. Essa, pelo menos, é a expectativa dos deputados que fazem oposição ao governo, que querem aproveitar a indisposição do presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM) para com o presidente Michel Temer, para constranger os deputados da base governista. A ideia é a de dividir as galerias em um espaço para a imprensa, um para os manifestantes favoráveis a saída do presidente Michel Temer e outra parte para os que são favoráveis a permanência do presidente no poder.

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