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Mensagem de fé e esperança no crescimento econômico

Paulo César de Oliveira
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Carlos Alberto Teixeira de Oliveira

Empresário, Economista – Presidente da ASSEMG – Associação dos Economistas de Minas Gerais

Durante as últimas três décadas o Brasil vem sofrendo de uma “síndrome de raquitismo econômico” e simplesmente não conseguiu acompanhar a dinâmica do crescimento da economia mundial. A marcha do crescimento econômico nacional parece enferrujada, emperrada e, até então, não pôde engatar qualquer ritmo que a pudesse levar avante, Ao contrário, sua performance tem se evidenciado, principalmente nos anos mais recentes, como uma autêntica marcha a ré, um verdadeiro andar para trás, bem típico de rabo de cavalo.

            De 2011 a 2018, por exemplo, e de acordo com o FMI – Fundo Monetário Internacional, enquanto o PIB per capita mundial – medido pela Paridade de Poder de Compra- está crescendo a uma média anual de 2,3%, o PIB per capita brasileiro contabiliza uma queda média de 0,3% ao ano no mesmo período. Nestes oito anos e, considerando-se a estimativa daquela instituição para 2018 – a taxa média do PIB per capita mundial deverá registrar um crescimento acumulado de 20,2% e, o do Brasil, sofrerá retração de 2,3%. Cabe destacar, por outro lado, que os países considerados Emergentes e em Desenvolvimento – categoria na qual nos incluímos, deverão contabilizar uma expansão acumulada de 31,5%. Esse brutal deslocamento e distanciamento da média mundial são atípicas e só ocorrem, geralmente, em países em convulsão social, vítimas de algum desastre natural ou em situação de guerra.

Enquanto somente durante os últimos 5 anos – de 2014 a 2018, o crescimento acumulado do PIB per capita mundial deverá alcançar 11,9% – o brasileiro registrará uma retração 8,1%. O PIB per capita dos Países Emergentes e em Desenvolvimento, no mesmo período, apresentará expansão acumulada de 16,7%.

            País que não cresce é país condenado ao atraso, à miséria e ao subdesenvolvimento, considerados os maiores inimigos da democracia.

            Esta situação crítica de involução econômica que atravessamos, já a partir deste segundo ano do mandato de Michel Temer e agora, sacramentada com a eleição de Jair Bolsonaro para a presidência da República, parece ter sofrido uma profunda mudança que, sinalizada por novos rumos, poderá permitir ao país a retomada do crescimento econômico mais vigoroso.

            Os principais motores ou dínamos do desempenho de qualquer economia são a credibilidade governamental e a confiança no futuro.

Na economia, entraremos numa quadra com a melhor plataforma para crescimento já vista em décadas. Contas externas em ordem, inflação abaixo da meta, emprego em retomada, concessão de crédito voltando a crescer com taxa de juros em queda e inadimplência recorde de baixa, confiança em alta, enorme capacidade ociosa, safra recorde, preços internacionais favoráveis para milho e soja – todos fatores que permitem uma resposta rápida da economia, pronta para a fase de expansão do seu ciclo econômico. Se o quadro político permitir o andamento das reformas ou o vislumbre de que as contas fiscais caminham para maior sustentabilidade, teremos as condições para câmbio estável e taxas de juros baixas por mais tempo.

Meu parceiro de décadas – o renomado economista Luis Paulo Rosenberg e agora os companheiros parceiros da LCA, estão muito otimistas e confiantes em que o Brasil venha se reconciliar com o crescimento econômico vigoroso já a partir do próximo ano. Segundo o Rosenberg, em recente palestra aos associados da Sicoob Central Crediminas em Belo Horizonte, os indicativos atuais permitem vislumbrar uma taxa de expansão do PIB-Produto Interno Bruto brasileiro de até 3,5% em 2019.

Compartilho da sua opinião e acrescento que, seguindo o ritmo brasileiro, a economia mineira poderá registrar também um excepcional desempenho, superior à média nacional, apesar das enormes dificuldades que passará e enfrentará o novo governo de Romeu Zema – que precisarão ser enfrentadas com muita coragem, ousadia e  firme decisão – destacando, ademais, que os nossos grandes entraves e problemas não são conjunturais e, sim, estruturais.

São estas as excelentes notícias que gostaria de transmitir, as quais abraço e aposto neste momento quando se renovam todas as energias e esperanças.

 

BRASIL – INDICADORES MACROECONÔMICOS

Ítem 2017 2018 2019 2020
PIB – % 1,0 1,5 3,5 4,0
IPCA – % 2,9 3,8 3,6 3,5
Selic – % 7,0 6,5 6,0 5,5
Câmbio-R$/US$ 3,31 3,80 3,60 3,60

Estimativas – Fonte: Rosenberg & Associados

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