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Jogo Aberto

Paulo César de Oliveira
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*Interromper agora as medidas de isolamento contra o novo coronavírus é querer voltar a uma realidade que não existe mais, alerta o biólogo e divulgador científico Atila Iamarino. O mundo (e o Brasil) mudaram com a disseminação do novo coronavírus, e a preocupação de governos e empresas agora deveria ser a de se preparar para esta nova realidade, disse ele em entrevista à BBC News Brasil. Nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e alguns empresários têm insistido na necessidade de restabelecer o funcionamento do comércio e de outros serviços, mas o consenso entre cientistas da área, é de que é fundamental manter medidas de isolamento social por enquanto, diz Atila (foto) – inclusive para ganhar tempo a fim de trabalhar em alternativas. “Manter as medidas que a gente tem agora é o que vai fazer dar tempo para buscarmos outras medidas lá na frente. Na verdade, parar agora é ganhar o tempo para fazer escolhas”, diz ele.

 

*Sugestão de um economista ultra liberal e de comportamento ultra pragmático, como convém aos gênios: acabar com o isolamento social obrigatório para quem tem potencial de compras e dinheiro para gastar em comemorações. Os que não têm estas condições, devem mesmo ficar em casa. Não terão nada a fazer na rua, nem podem ajudar a economia. Simples assim.

 

*É preciso seriedade e um mínimo de competência para se apresentar como liderança de um movimento com implicações tão sérias quanto as de reabertura do comércio, em sintonia com a campanha oficial- proibida ontem pela Justiça- de retomada da atividade econômica mesmo com a pandemia. Ontem, em entrevista à rádio Itatiaia, um autodenominado líder da carreata pela abertura do comércio, diz que a mobilização era contra as medidas para conter um vírus que a imprensa insiste em dizer ser letal mas que não tem se mostrado assim. Mais, “um vírus comunista que veio para destruir o capitalismo”. Tanta boçalidade só faz desacreditar o movimento.

 

*Principal compradora de carne bovina do Brasil, a China começa a retomar importações da proteína a níveis elevados, depois de uma desaceleração ocorrida no primeiro bimestre em meio à crise do coronavírus, revelam integrantes do mercado. “Os chineses voltaram a comprar com mais intensidade, voltaram a fazer pedidos (maiores). Os preços não são os mesmos do fim do ano passado, mas são bons preços e com esse patamar de câmbio ajuda muito”, disse à Reuters uma fonte de uma grande exportadora sob condição de anonimato.

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