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Concessionárias querem revisão dos contratos de concessão dos aeroportos

Paulo César de Oliveira
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Os reflexos da pandemia do novo coronavírus no setor aéreo tornaram “inevitável” a revisão dos contratos dos aeroportos sob concessão no Brasil, afirmou em entrevista ao G1 o presidente da Associação Nacional das Empresas Administradoras de Aeroportos (Aneaa), Dyogo Oliveira (foto). O Brasil tem atualmente 22 aeroportos federais sob concessão, administrados por empresas privadas, entre os quais alguns dos mais movimentados do país, como Guarulhos (SP), Galeão (RJ), Salvador (BA), Recife (PE), Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte. No mundo todo, o setor aéreo foi um dos mais afetados pela pandemia, que levou governos a fechar fronteiras e exigiu cancelamentos em massa de voos pelas empresas aéreas. A paralisação das empresas aéreas afeta diretamente as administradoras de aeroportos, já que as receitas dessas concessionárias vêm justamente do movimento de aeronaves e passageiros. “A revisão dos contratos é inevitável. Não há como as concessionárias continuarem administrando os aeroportos com as condições prévias à crise do coronavírus simplesmente porque não vão ter a mesma receita”, afirmou Oliveira. Segundo ele, a movimentação nos aeroportos, e consequentemente a receita das concessionárias, não deve se recuperar no curto prazo, já que as medidas restritivas de combate à pandemia devem levar a uma forte recessão da economia mundial.

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