A poucos meses de deixar o Supremo Tribunal Federal, quando se aposenta, o decano da Corte, ministro Celso de Mello (foto), surpreendeu até mesmo seus pares ao determinar o depoimento “sob vara” dos generais Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, Walter Braga Netto, ministro-chefe da Casa Civil, e Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo, caso eles deixem de comparecer como testemunhas arroladas no inquérito que apura as motivações que levaram Sergio Moro a deixar o Ministério.
O despacho de Celso Mello
No despacho, o decano determinou que se as testemunhas “deixarem de comparecer, sem justa causa, na data por elas previamente ajustada com a autoridade policial federal, perderão tal prerrogativa e, redesignada nova data para seu comparecimento em até 05 (cinco) dias úteis, estarão sujeitas, como qualquer cidadão, não importando o grau hierárquico que ostentem no âmbito da República, à condução coercitiva ou debaixo de vara”.
