Governos estaduais, no embalo da aprovação do marco legal do saneamento básico, entusiasmados com o dinheirão envolvido, entram em 2021 se mobilizando para atrair parceiros do setor privado para serviços de saneamento, como distribuição e tratamento de água e de esgoto, gestão de resíduos sólidos, entre outros. Não é o caso de Minas, pois as novas regras do marco legal do saneamento vão dificultar a exclusividade das companhias públicas de água e esgoto e dificultarão suas privatizações, como é o caso da Copasa, que o governador Romeu Zema (foto) tenta vender para a iniciativa privada. A expectativa é de que haverá muito dinheiro para ser investido no setor com o novo marco legal do saneamento. O governo federal estima que o setor, nos próximos anos, deverá atrair investimentos de 600 bilhões a 700 bilhões de reais. É muito dinheiro, mas na avaliação de especialistas, para chegar a 700 bilhões em 2033, teriam que ser alocados anualmente mais de R$ 50 bilhões. No Brasil,uma parcela de 46% da população ainda vive sem acesso a rede de esgoto e 16% não são atendidos por rede de abastecimento de água.