Após a tentativa frustrada por parte do setor privado de compra de vacina contra a covid-19 em janeiro, o assunto volta a entrar no radar e não é para menos. Várias capitais já anunciaram a suspensão da imunização por falta de vacinas e a doença segue voraz com alto índice de óbitos e surgimento de novas variantes virais mais contagiosas. Diante deste cenário tenebroso e a não menos tenebrosa inépcia do governo federal, não há como continuar rechaçando a iniciativa de empresas de adquirir diretamente as vacinas. A contrapartida – a doação para o SUS de metade dos imunizantes comprados – é mais que bem-vinda, pois vai suprir o sistema e acelerar a vacinação. Em tempos difíceis é preciso mais pragmatismo.