“Parturiunt montes, nascetur ridiculus mus”, ou a montanha pariu um rato ridículo. Seria um exercício estimulante tentar aplicar a frase do poeta Horácio à feitura do atual Orçamento. O atraso para apresentar essa peça inexequível não encontra justificativa racional. Haja montanha! Gestação demorada, parto grotesco, resultando numa deplorável peça de ficção. Criar receitas fantasiosas, ignorar despesas obrigatórias, desafiar o bom senso, esse foi o resultado que a todos envergonha. Essa montanha precisa de uma dose de decência, mesclada com uma pitada de competência. Quanto aos ratos, é melhor que sejam esquecidos o quanto antes.