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Governos contaminados pelo ambiente político

Paulo César de Oliveira
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A antecipação do processo eleitoral pelo presidente Jair Bolsonaro acabou trazendo reflexos não só para o seu governo, que tem uma relação tumultuada com o Congresso Nacional, como também nos estados. Muitos governos acabaram contaminados por esse ambiente político, como é o caso de Minas Gerais. Mas para o presidente do diretório estadual do PTB, deputado Braulio Braz (foto), a situação no estado é tranquila. A movimentação pensando nas eleições de 2022, no entanto, é intensa. O PTB pretende lançar chapas completas para deputado federal e estadual e em relação as eleições majoritárias, muita coisa ainda pode mudar. Braulio Braz, após quatro mandatos de deputado estadual, vai buscar uma das 53 cadeiras de deputado federal.

Como o PTB está se articulando para as eleições do ano que vem?

Estamos montando chapa. Para governador e senador nós não estamos preocupados. Em relação a presidente, nós estamos confiando no Bolsonaro. As pesquisas mostraram que ele está caindo muito, mas, por enquanto, nós vamos continuar com ele. Foi ele que tirou o Lula, foi ele que tirou a esquerda do poder. A esquerda estava acabando com o país.

A atual situação política do presidente Jair Bolsonaro não preocupa?

Não vejo complicação e não acredito que a CPI da covid vai atingi-lo.

O maior problema do governo hoje é a economia, a inflação alta, o desemprego?

A inflação, na verdade, não será tão alta. Até o final do ano a inflação irá reduzir. Na verdade, a economia está bombando. Nós rodamos em Muriaé na última semana com o governador Zema e passamos nas lojas, no comércio e todos disseram que o movimento melhorou muito. Os comerciantes disseram que estava melhor do que antes da pandemia. O Brasil está melhorando muito. Existem alguns gargalos que precisam ser consertados, mas acredito que a partir de final de setembro vai melhorar. As mortes pela covid estão caindo, aumentou com as festas, mas agora está caindo e essa pandemia vai passar.

Em relação ao governo, o PTB vai se posicionar como?

Por enquanto estamos com o Zema. O nosso posicionamento político sempre foi ligado ao Anastasia, mas ele foi para o Senado, nos trata com o maior carinho e é a única liderança política com quem tínhamos compromisso. Ele resolveu não disputar mais cargo Executivo e estamos aguardando a decisão dele em relação ao Senado e vamos aguardar para ver como vamos ficar em relação ao Bolsonaro. O poder público tem que tratar da saúde, da educação, da segurança e, também, da infraestrutura, para que os municípios possam crescer. Nós vimos o Magazine Luiza, com as aquisições de bilhões de reais, isso gera riqueza, o dinheiro circula. A esquerda ficou anos no poder pensando só em fazer política.

Nas últimas votações, o governador Zema pareceu ter dificuldade com a aprovação de matérias de seu interesse. Está difícil o relacionamento com entre deputados e governo?

Não está não. Aquilo faz parte do processo democrático. O que ficou ruim foi que o presidente Bolsonaro politizou o governo dele, antecipou a eleição de 2022. Aqui em Minas Gerais não foi o governador quem fez isso. Quem fez isso foi a Assembleia, que politizou o processo. O executivo tem muita força e as coisas vão se acertar. Ninguém na Assembleia está querendo prejudicar Minas Gerais. O que aconteceu foi a politização.

O PTB nas eleições do ano que vem vai lançar chapas de deputados estadual e federal?

Sim, mas nós vamos lançar chapa pura.

Além de parlamentar, o senhor é empresário. Como estão as vendas de veículos?

Nós estamos vivendo um momento ímpar. Nós temos muitos clientes, mas não temos carros. A fila está muito grande e o momento é bem diferente da época em que o mercado estava bom e estávamos vendendo muitos carros e tinha uma fila de espera. O momento é crítico devido a falta de componentes eletrônicos, os semicondutores. Nós estamos muito condicionados a produção da Ásia. Os americanos e os europeus decidiram investir agora, também, nessa produção, mas no momento, até normalizar a situação vai demorar um pouco, lá para 2022, 2023. A dependência dos países asiáticos é tão grande que até a produção dos equipamentos de proteção individual usados durante a pandemia, 95% deles são fabricados na China. O mercado de carro está bom, a fila de espera é muito grande. Tem concessionária que tem cem carros pedidos no interior. Em Belo Horizonte tem empresa com 440 pedidos na fila de espera. Nós não temos carros para vender. A situação está muito complexa. (Foto reprodução Internet)

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