Blog do PCO

Gustavo Valadares: a nova interlocução política do governo

Paulo César de Oliveira
COMPARTILHE

Deputado estadual eleito por seis mandatos consecutivos, o atual coordenador político do governo de Minas, Gustavo Valadares (foto/reprodução internet), sabe bem onde tem que atuar, inclusive no governo, para melhorar o relacionamento entre o Executivo e o Legislativo. Ele era o líder do governador Romeu Zema na Assembleia Legislativa, antes de assumir a Secretaria de Governo. Sua tarefa agora é romper as amarras de um lado e de outro, para fazer com que os projetos de interesse do governo prevaleçam.

Como será a condução das negociações, que não tem sido fáceis para o governo, principalmente na Assembleia Legislativa?

Estou muito animado. O objetivo principal é mostrar ao governo, que já vem amadurecendo politicamente, a importância de manter uma boa relação com a classe política, de manter e se aproximar ainda mais da Assembleia Legislativa, dos nossos deputados federais, porque essa união, eu tenho certeza, vai ajudar e vai trazer muitos frutos para Minas. Esses são os grandes objetivos.

O senhor atuou muito tempo como líder do governo. Quais têm sido os principais erros cometidos pelos articuladores políticos do governador?

Na verdade, não considero como erro, porque muitos acabam tomando atitudes por falta de conhecimento mesmo da área política, de conhecimento daquilo que é importante para a classe política. Acho que precisamos mostrar a eles a importância de respeito, de enaltecer o trabalho dos parlamentares, da classe política, de ter a classe política caminhando ao lado, de mostrar que a vitória de um é uma vitória de todos, é a vitória de Minas. Quanto mais próximo este governo estiver da classe política, maior êxito nós vamos ter nesse desafio que é governar Minas Gerais.

A oposição não dá espaço, não dá fôlego ao governo, que continua enfrentando dificuldade em algumas matérias. Como contornar essa situação?

Com muito diálogo. Não há outro caminho se não com diálogo, respeitando e reconhecendo o papel da oposição, que também é legítimo, mas buscando o diálogo para a gente tentar construir. Um cedendo um pouquinho, o outro lado cedendo um pouquinho, outro lado cedendo também para a gente construir o consenso ou algo próximo do consenso. Só com diálogo que a gente vai vencer isso.

O seu trabalho não vai se limitar à Assembleia. Tem a Câmara Federal também. Como vai ser essa atuação?

É importante aproximar o governo da Câmara Federal, dos nossos federais, porque as pautas nacionais, obviamente, importam sempre a Minas Gerais. Nós precisamos ter os deputados federais próximos do governo para levarem as nossas indicações para aprimoramento dos projetos que estão sendo apreciados lá no Congresso, para acolherem sugestões do governo do Estado, do nosso governador, dos nossos secretários.

O governo está com a pauta de privatização, que é um tema que a oposição não gosta. Como vencer as resistências?

Esse governo é um governo que não tem nenhum receio em dizer que é a favor das privatizações. O que nós precisamos é buscar o convencimento da maioria dos parlamentares da Casa da necessidade de se trazer as privatizações, sob pena de mantermos os serviços essenciais à população que estão na mão de estatais, com uma qualidade não muito boa. Com uma qualidade pior do que se estivesse nas mãos da iniciativa privada. Isso nós não vamos fazer num estalar de dedos. Nós não vamos fazer num piscar de olhos. Tenho usado esse exemplo às vezes e nesse caso serve também: é como correr uma maratona. É com paciência, com calma, sem acelerar demais para não quebrar antes do final.

Agora estão discutindo quem vai ser o novo líder. Estão falando no nome do deputado João Magalhães. É um bom nome?

O nome do João é um dos que estão sendo avaliados. Tem outros também. O governo vai usar esse tempo do recesso para poder definir isso com certa calma, obviamente consultando os deputados, consultando a Mesa Diretora da Casa. O novo líder precisa ter uma Nós precisamos dessa proximidade maior dos deputados federais de Minas com o governo.
boa relação, ter uma boa interlocução com a Mesa, com a oposição, com os dois blocos governistas. Tudo isso está sendo levado em consideração e no momento certo nós vamos anunciar.

COMPARTILHE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

News do PCO

Preencha seus dados e receba nossa news diariamente pelo seu e-mail.