Exausta em ver o Estado capturado pelos operadores da o velha política, rançosa, de se arrepiar com a escalada de ganhos e privilégios escancarados à tão poucos, a sociedade está compelida à provocar uma pororoca no tabuleiro das eleições deste ano.
É muito mais um fenômeno afeito ao campo da sociologia política do que a discursão de melhores projetos para a urbis.
O movimento está no sensorial das pessoas que não mais toleram tantos abusos que estrilam no visor de seus celulares a todo minuto e,
o calendário eleitoral, cabe como uma luva para externar a sua indignação.
O efeito Pablo Marçal está aí para quem quiser ver e se dar conta em analisar.
O jovem outsider, que avançou 7 pontos percentuais no maior colegiado eleitoral do país, em menos de 15 dias, não cresce por ser dotado de algum método diferenciado para gerir essa, que é a maior cidade da América Latina.
É muito mais pelo fluxo da vontade do povo, em querer descalçar o Lego dessa estrutura política que aí está, rota, de costas para valores e demandas prementes do sofrido cidadão.
Parodiando Antônio Gramsci,
‘o Velho acabou, o Novo não chegou’