Milicianos encapuzados cercaram a Embaixada da Argentina, em Caracas, sob custódia brasileira desde a expulsão do corpo diplomático argentino pelo governo chavista. O prédio abriga seis opositores ao regime de Nicolás Maduro (foto/reprodução internet), que revogou a autorização do Brasil para gerenciar a embaixada. Paralelamente, Edmundo González, candidato da oposição e alvo de uma ordem de prisão dos juízes subordinados a Maduro, se juntou a quase 8 milhões de venezuelanos em exílio, recebendo asilo na Espanha. Esses eventos revelam três realidades inquietantes: primeiro, a situação na Venezuela vai além de uma “fraude” eleitoral, evidenciando um verdadeiro sequestro da democracia, já que a evidência indica que os eleitores escolheram González por 67% dos votos; segundo, o regime chavista não hesita em violar tanto normas internacionais quanto acordos com o Brasil quando lhe convém.
Por último, a alarmante apatia do presidente Lula da Silva diante dessas transgressões retrata uma falta de comprometimento com os direitos dos venezuelanos e com a soberania do Brasil, já que o governo brasileiro se limitou a expressar “surpresa” enquanto o resto é silêncio.