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A Eleição que agita o Brasil

Paulo César de Oliveira
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Wagner Gomes

A eleição municipal é vista como um preparativo crucial para futuras disputas nacionais, moldando o apoio político para o executivo e o legislativo. Por isso, as atenções estão voltadas para o que acontece em São Paulo. A maior capital do país, também pode sinalizar os rumos das eleições de 2026. O candidato do PRTB, Pablo Marçal, inicialmente considerado uma novidade antissistema, parece ter atingido seu limite. O tom agressivo e os ataques feitos aos adversários chamaram a atenção, mas cansaram o eleitor. A deputada Tabata Amaral, do PSB, embora propositiva, não conseguiu decolar, mesmo contando com o apoio do vice-presidente Geraldo Alckmin. José Luiz Datena, do PSDB, manteve uma campanha instável e encerrou sua curta trajetória política de forma memorável, com o episódio da cadeirada em Marçal durante um debate. Guilherme Boulos, do Psol, terá que enfrentar a barreira da alta rejeição, caso queira chegar à prefeitura de São Paulo. Ele almeja suceder a Lula, de quem tem o apoio e recursos do PT para sua candidatura.  Já Ricardo Nunes, do MDB, apesar de pouco carismático, ganhou alguma visibilidade, principalmente devido ao apoio do governador Tarcísio de Freitas e do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi discreto nas suas declarações, mas evitou que outros candidatos, como é o caso de Marçal, usassem seu nome para se promover eleitoralmente.  É nesse cenário que as pesquisas de intenção de votos serão testadas. Existem três métodos de manipulação da opinião pública com as pesquisas de opinião. O primeiro é o “framing” da pergunta, que explicita as palavras específicas que são usadas nas perguntas com o propósito de induzir as respostas. O segundo é o desenho da mostra para aumentar o peso de um setor da opinião que se deseja fortalecer. O terceiro é selecionar o que se publica e o que não se publica, considerando os resultados. Para o público é quase impossível detectar essas modalidades. Parece que, no Brasil, esses três métodos foram usados. A porcentagem dos “indecisos” é sempre usada como camuflagem. As urnas, no entanto, serão soberanas.

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