O economista José Roberto Mendonça de Barros(foto/reprodução internet) descreve o cenário fiscal brasileiro como um “diálogo de surdos”. Ele explica que, enquanto críticos do governo alertam sobre o aumento da relação dívida/PIB acima de 80%, a equipe econômica se sente desvalorizada em seus esforços para conter o crescimento da dívida em um contexto de redução do impulso fiscal e negociações difíceis com o Congresso.
Segundo Mendonça de Barros, a fraqueza do governo no Congresso se evidencia nas dificuldades em impedir a renovação de incentivos fiscais. Embora as críticas dos economistas sejam fundamentadas e o risco de deterioração fiscal persista, ele acredita que alguma contenção dos gastos será implementada, mesmo que insuficiente para reverter o crescimento da dívida pública, o que só deve ocorrer após 2026.