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Vacinação poderá estimular a economia

O Banco Central avaliou nesta quinta-feira que a incerteza sobre como e em que velocidade se dará a vacinação da população contra o coronavírus é um ponto relevante para os cálculos de atividade econômica e inflação, considerando que o movimento permitirá a flexibilização do distanciamento social. A mensagem vem em meio a indefinições e constantes idas e vindas do governo sobre quando efetivamente os brasileiros começarão a ser imunizados, composição dos grupos prioritários e escolha das vacinas. Em seu Relatório Trimestral de Inflação, o BC pontuou que, de um lado, o início da aplicação da vacina destravaria a demanda de setores prejudicados pela crise, melhorando “de forma substancial a confiança na economia, reforçada pelo atual estímulo monetário inédito e condições financeiras acomodatícias, estimulando a economia de forma mais forte do que a contemplada no cenário-base”.

Desarranjo nas contas aumenta inflação

Já numa simulação quanto aos impactos para a inflação de um desarranjo nas contas públicas e seus desdobramentos sobre o câmbio, incerteza econômica e prêmio de risco, o BC estimou que a inflação no próximo ano terminaria com alta de 6,4%, salto de 3 pontos em relação ao cenário-base e ultrapassando o limite superior do intervalo de tolerância da meta, de 5,25%. Para 2022, o impacto seria de 0,8 ponto, a 4,2%. “O aumento da inflação se dá pelo repasse cambial, tanto para preços livres como administrados, pelo aumento da taxa de juros real neutra e pelos efeitos nas expectativas de inflação”, disse o BC. “Os efeitos são mais fortes em 2021 em virtude de o choque começar já no primeiro trimestre do ano. Parcela significativa da transmissão dos efeitos da depreciação cambial sobre a inflação ocorre em prazos relativamente curtos, tendo em vista a resposta de preços de combustíveis e de commodities em moeda nacional”, completou.

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