Trocas de mensagens obtidas pela Polícia Federal no celular do empresário e lobista José Marcos de Moura, conhecido como Rei do Lixo, revelam que ele negociou diretamente a manutenção de Bruno Barral (foto/reprodução internet) à frente da Secretaria de Educação de Belo Horizonte. Barral foi exonerado após se tornar alvo da terceira fase da Operação Overclean, que apura irregularidades na sua gestão anterior em Salvador (BA). De acordo com os diálogos, Moura – que integra a cúpula do União Brasil – fez da permanência de Barral uma condição para o apoio do partido à reeleição. Mesmo diante de sugestões para a criação de novas pastas, Moura insistiu na indicação. Barral havia comandado a Educação em Salvador no segundo mandato de ACM Neto, com quem mantém proximidade. A nomeação em BH ocorreu em abril de 2024, e as mensagens mostram que, desde o início, o cargo foi tratado como estratégico nas tratativas entre o empresário e a gestão municipal.