Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, não pretende abandonar o cargo em 2026 para arriscar um salto no escuro: prefere ser o dono do próprio destino a apostar no humor do ex-presidente Jair Bolsonaro. A lei exige sua desincompatibilização seis meses antes da eleição presidencial, mas sem a bênção clara do chefe, o movimento soa suicida. Bolsonaro, por sua vez, estica a indefinição como arma de controle - e, mesmo inelegível, insiste em manter seu entorno em suspense até agosto. Enquanto isso, caciques do Centrão tentam, em vão, arrancar dele uma decisão. O relógio corre para nomes como Ratinho Júnior, Ronaldo Caiado e Romeu Zema, que ao menos têm a vantagem de já estarem no final do mandato. Em meio ao elogio morno de Bolsonaro a Tarcísio - “bom, não excepcional” -, fica claro: no tabuleiro bolsonarista, ninguém é candidato de si mesmo. (Foto/reprodução internet)