O mercado vive a expectativa quase certa de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em setembro, mas a política ameaça sobrepor-se à técnica. A indicação de Stephen Miran (foto/reprodução internet) por Donald Trump acende dúvidas: defenderá a autonomia do Banco Central ou cederá às pressões por cortes mais agressivos? Ao mesmo tempo, Trump tenta minar a governadora Lisa Cook, abrindo espaço para maioria alinhada na instituição. Mas analistas acreditam que o risco vai além. Isso porque a dívida americana, que já custa US$ 1 trilhão por ano em juros, e a interferência política corroem a confiança no dólar. Investidores migram para ouro e criptoativos, sinalizando que a moeda americana pode perder seu papel de reserva se a independência do Fed se fragilizar.