A condenação de Jair Bolsonaro pelo STF encerra um ciclo e abre outro. A direita, sem liderança consolidada, volta-se para Tarcísio de Freitas (foto/reprodução/internet), que ensaia o papel de herdeiro. Sua estratégia é clara: radicaliza agora para ocupar o espaço de Bolsonaro e, no futuro, poderá moderar o discurso sem perder a base conquistada. O movimento contrário seria impraticável, pois não há como radicalizar depois de moderar. A economia, por ora, segue imune, mas o impacto político é profundo: o campo conservador precisa se reorganizar. No exterior, Donald Trump protesta, ameaçando sanções, mas sua retórica mistura cálculo eleitoral e pressão diplomática. O episódio expõe a fragilidade da democracia brasileira, ainda marcada pelo personalismo e pela dificuldade de renovar lideranças sem rupturas dramáticas.