Coube Paulinho da Força (foto/reprodução internet) ser designado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, como relator da proposta de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. O deputado, que se aproximou de Lula em 2022, mas logo rompeu por falta de espaço na Esplanada, chegou a chamar os envolvidos nos atos antidemocráticos de “terroristas” e exaltou o ministro Alexandre de Moraes como “guardião da democracia”. Agora, ele surge como aposta do Centrão para conduzir um texto que agrade da esquerda ao bolsonarismo, um equilíbrio que beira o impossível. A escolha revela menos sobre convicções ideológicas e mais sobre a habilidade de Paulinho em transitar entre polos opostos, mesmo que ao custo de engolir antigas declarações. Afinal, no jogo do Congresso, coerência costuma ser artigo escasso.