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Ludimila Falcão: dívida do Estado com a União deve ser prioridade 

Paulo César de Oliveira
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Ludmila Falcão

Os deputados estaduais mineiros trabalham para aprovar as matérias necessárias para garantir a adesão do governo de Minas ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que ultrapassa os R$ 160 bilhões. O Estado já foi autorizado a aderir ao programa, mas faltam algumas pendências, como a dos ativos que vão entrar nessa negociação. Um dos ativos, a Copasa, não precisará mais passar por um plebiscito para ser privatizada e ter o recurso usados no pagamento da dívida. Mas dois outros projetos aguardam a decisão dos deputados. Essa questão, na visão da deputada Ludmila Falcão (foto/reprodução internet), do Podemos, é prioridade e por isso, ela entende que esse não é o momento para se discutir as eleições que acontecem no ano que vem.

Como você analisa o quadro político com essa indefinição dos candidatos, tanto nacionalmente quanto aqui em Minas?

 O que eu acredito é que está muito cedo para falar de política. Minas Gerais passa por uma crise histórica com a dívida. Tem que fazer negociação junto com a União. Minas precisa estar cada vez mais unida. Todos os políticos devem, estar à frente para resolver a questão do Propag (Programa de Pleno Pagamento da dívida dos Estados com a União) junto à Uniãoe  nós precisamos encarar que Minas hoje está na UTI e a função nossa, enquanto políticos, não é pensar na minha reeleição, pensar na reeleição dos colegas, pensar no futuro do governo do Estado, em quem será o governador. Quem será o vice-governador. Quem serão os candidatos ao Senado. Nós temos que resolver um problema que está na nossa mão. Estamos longe de falar em cenário político. Isso é a minha visão, visão de uma pessoa séria, de uma pessoa que trabalha por Minas Gerais, que sabe da responsabilidade de fazer com que essa negociação do Propag aconteça, principalmente em com a votação das pautas sérias que estão passando pela Assembleia Legislativa. Então, falar em política, no cenário político agora, é pensar muito em vaidade, ego político e nós não estamos em um momento para isso não.

Essa questão do Propag não passa também por uma questão política, de espaço político? 

Não, ela não passa por uma questão de espaço político. O Propag, ele é um problema de Minas Gerais, independente de quem será o próximo governador, de quem será o próximo senador. Isso tem que ser resolvido. Passa para questão de boa política, resolver com diálogo, sentando na mesa, conversando com os líderes necessários para resolver um problema de Minas Gerais. Essa é a questão política de que nós estamos falando. E não a política de resolver 2026. Não está na hora de conversar isso agora. A hora agora é de fazer a boa política, de tentarmos resolver os problemas. Tem muita negociação aí do Governo estadual, com o governo federal, que precisa ser resolvido. 

E onde que está o entrave? 

O entrave está na própria negociação com o governo federal. Hoje nós sabemos que nós temos muitos imóveis que o Estado tem que passar para dar em garantia. Tem ativos do Estado que nós temos que negociar. Tem propostas a serem analisadas que eu acredito que sejam propostas viáveis, propostas que sejam boas para Minas Gerais, mas que tem que sentar na mesa de negociação e ver qual é o melhor caminho. 

Está tendo má vontade para negociar? 

Não, pelo contrário, tem boa vontade por parte do Governo do Estado, porque nós somos os maiores interessados.  Hoje, nós os mineiros somos os maiores interessados. Agora, com o Governo Federal, vamos ver como vai caminhar na parte dele, porque cabe a ele fazer as aceitações. Eu sei que está muito bem conduzido hoje dentro do Governo do Estado de Minas Gerais. Sabemos que muitas outras negociações podem entrar também. É algo que a gente luta, inclusive dentro da Assembleia. Mas requer também uma negociação. Não é só a imposição do Governo do Estado de Minas Gerais. Negociação é quando os dois lados estão aceitando para ter um futuro melhor para Minas Gerais. Cabe saber se a União vai aceitar. 

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