Em tom, quase de desabafo, a única ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia (Foto Rosinei Coutinho – STF), falou que se tivesse ocorrido um golpe concretizado no país, ela estaria presa e “não poderia nem estar aqui julgando”. Segundo ela, durante conferência literária no Rio de Janeiro uma pessoa a perguntou “por que julgar uma tentativa de golpe, se foi apenas tentativa. Meu filho, se tivessem dado golpe, eu estava na prisão, não poderia nem estar aqui julgando”. Ela acrescentou que “nesses julgamentos que estamos fazendo no curso deste ano, havia documentado em palavras, por exemplo, a tentativa de “neutralizar” alguns ministros de Supremo. Portanto, estava em palavras, as ordens eram dadas em palavras. A mesma coisa é a sentença, ela vem em palavras. Nós nos comunicamos pela palavra. A palavra traduz a alma de uma pessoa”.












