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Blog do PCO

PMDB quer a renúncia

Onde tem uma porta ou pelo menos uma janela? O governo está assim: sem saber que caminho tomar para sair de uma crise que vai, a cada dia, se tornando mais complicada. Porta ou janela, podem ter certeza, ele não vai arrumar. Se conseguir, no máximo, se abrirá uma fresta por onde precisará atravessar o processo de retomada da credibilidade da presidente da República. E não será uma passagem fácil. A crise de credibilidade de Dilma vem sendo alimentada dia a dia, por ações que parecem até articuladas. Ou alguém tem dúvidas de que se trabalha, dentro do PMDB principalmente, para acuar a presidente até levá-la à renúncia? Os peemedebistas não terão nunca a coragem de levar adiante, publicamente, como protagonistas, um processo de impeachment da presidente. Não é da tradição do partido enfrentar abertamente as situações. Mantém uma distância estratégica dos fatos, nem tão próximo que os coloque na linha de tiro, nem tão distante que os impeça de aderir ao primeiro sinal com os dedos.  É esta distância que guardam hoje. Estão prontos para aderir a uma proposta de impeachment e trabalhando freneticamente para criar um ambiente capaz de provocar a renúncia da presidente. Esta é a oportunidade do partido chegar ao Poder. Nos últimos anos tem vivido na periferia dele, embora dele se aproveitando sem os ônus inerentes ao seu exercício.  Duvidam?  Infelizes, despretensiosa ou meticulosamente pensada, a declaração do vice presidente Michel Temer, de que Dilma não sobrevive no poder com tão baixa aprovação, ouriçou os peemedebistas, gerando aquilo que comanda a política: expectativa de poder. O resultado prático disto se verá no Congresso. Os peemedebistas, prestem  atenção, vão intensificar o processo de fritura da presidente. Pode ser que ela resista. Pode ser que, para ajudar na solução da crise, renuncie. Pode ser que não faça nada e permaneça no poder. Pode acontecer de tudo, inclusive nada. Pior para o país. Afinal, ninguém faz nada se não tiver a mínima noção do que acontecerá no futuro. E hoje ninguém tem esta noção.

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