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A dificuldade do Brasil para voltar a crescer

Paulo César de Oliveira
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O economista e ex-presidente do BNDES, Paulo Rabello (foto), prevê que o Brasil terá um crescimento pequeno em 2021, bem menor do que o previsto para a China e a Índia, por exemplo, em razão principalmente de seu desarranjo interno. A declaração foi durante a live “Economia, e agora”?, promovida pela VB Comunicação. Para ele o “país não tem planos, não tem objetivos firmes e não conseguiu concluir as reformas que anunciou”. Para Rabello, o país precisa definir o que deseja de seu futuro e realizar um esforço para colocar a máquina pública para funcionar. Ele vê o momento atual do país como de “fracasso dos melhores por falta de campo para atuar”, realizando aquilo que é necessário para o país deslanchar sua economia. Rabello lembra que nomes importantes já deixaram o governo exatamente pela falta de objetivos firmes do governo. O economista apresentou um estudo mostrando que a pandemia não chegou a afetar a maioria das grandes empresas brasileiras que, ao contrário do que se temia, apresentaram crescimento nos três primeiros trimestres do ano, mas o mesmo, disse ele, não se pode dizer sobre as micro e pequenas empresas. Rabello considera inevitável uma elevação dos juros em 2021, “que deverão dobrar em comparação com 2020” e advertiu que o Brasil precisará crescer no mínimo 4,5% no ano que vem para gerar seis milhões de novos empregos, compensando assim o fim dos programas emergenciais que neste ano, garantiu renda para milhões de brasileiros que perderam o emprego por causa da pandemia.

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