O IBGE divulgou mais cedo a inflação oficial (IPCA) de dezembro e o fechamento consolidado de 2019. No mês, o salto foi de 1,15% – bem maior que o repique de novembro (0,51%). Para meses de dezembro, este foi o maior resultado desde 2002, quando o IPCA bateu em 2,10%. Olhando para o ano passado como um todo, a variação acumulada foi de 4,31% – em 2018, o IBGE apurou alta de 3,75%. A expectativa predominante no mercado era de que, no caso do resultado anual, a taxa ficasse dentro do centro da meta definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN): 4,25%, com variação de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O número, no entanto, veio um pouco acima, corroborando ponderações que ganharam visibilidade semanas antes do Natal, quando os preços dos alimentos – especialmente da carne – passaram a ocupar as manchetes e as rodas de conversa nos supermercados. Na explicação do IBGE, as carnes responderam por uma variação acumulada em 2019 de 32,40%, sendo que a maior parte dessa carga de aumento acabou concentrada no último bimestre (27,61%).
A inflação que passou
