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A recuperação da receita será demorada

O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida (foto), disse nessa quarta-feira que o país precisa acelerar seus projetos de privatização e concessões no curto prazo e também focar mudanças em regimes tributários especiais, para lidar com a queda das receitas, duramente abaladas pela retração da atividade econômica, que pode chegar a 7% neste ano segundo o secretário. Em live promovida pelo Citi, Mansueto afirmou que o país não voltará a registrar superávits primários neste governo, como era a expectativa antes da crise do coronavírus, principalmente por causa da queda das receitas. Ele destacou que, enquanto o aumento das despesas públicas por medidas voltadas ao enfrentamento da crise será concentrado neste ano, as receitas demorarão a se recuperar. “Antes da crise estávamos esperando que até o final deste governo teríamos superávit primário, e esse não é mais o caso. Não pelos gastos, mas muito mais pelas receitas, como você vai ter o PIB caindo 6%, 7% este ano, você perde receitas este ano e no próximo também”, disse Mansueto (foto). Para o secretário, que está deixando o governo no próximo mês, o governo precisa acelerar as privatizações em 2021 e 2022, com destaque à da Eletrobras, e também alterar regimes especiais, como os que permitem deduções “que não fazem sentido” no pagamento de Imposto de Renda. Em 2020, Mansueto disse que o país deve fechar o ano com um déficit primário em torno de 11% do PIB e um déficit nominal de 15% a 16% do PIB. A dívida bruta ficará em torno de 95% do PIB, enquanto a dívida líquida chegará a 65%, 66% do PIB, estimou.

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