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Aço chinês coloca indústria brasileira do setor em risco

Paulo César de Oliveira
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O diretor vice-presidente da Usiminas, Sergio Leite (foto), disse nesta terça-feira, 14, em apresentação no Congresso Brasileiro do Aço, que é preciso que o país tome alguma medida para enfrentar a “avalanche” de entrada de aço chinês, que chega aqui de forma direta ou indireta. “Nós últimos dez anos a importação de aço indireta quadruplicou. Precisamos de uma ação integrada de toda a cadeia produtiva do aço”, disse o executivo. Leite afirmou que a China representa hoje uma fonte de concorrência desleal, fato que tem, até mesmo, afetado os empregos da cadeia no Brasil. “Essa concorrência desleal atinge a todos”, disse. O executivo da siderúrgica mineira disse ainda que o Brasil ficou para trás em termos de consumo per capita de aço, distante, por exemplo, da Coreia do Sul, país que ao longo dos últimos anos tem apresentado crescimento econômico muito superior ao brasileiro. “No Brasil temos uma demanda represada, principalmente em infraestrutura. Precisamos investir 5% do PIB por ano pelos próximos 20 anos para alcançar os níveis de países industrializados”, afirma. Leite destacou que a indústria do aço no Brasil investiu cerca de US$ 19 bilhões ao longo dos últimos cinco anos em unidades industriais. “As usinas estão preparadas para um Brasil que não cresceu”, disse.

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