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Blog do PCO

Agronegócio como parceiro da tecnologia e do meio ambiente

Voltamos a ser um país agrícola, depois de algumas aventuras para tentarmos consolidar uma posição de país de forte economia industrial. Períodos como o de JK e da ditadura militar nos elevaram a alguns degraus acima e até a nos posicionarmos entre os grandes produtores industriais. Durou pouco este destaque. Enquanto pensávamos que estávamos crescendo, deixamos o campo abandonado. O êxodo rural, o inchaço das cidades, aumentando a desigualdade social e, porque não, até mesmo a criminalidade, fruto da miséria, no país foram os resultados desta aventura. Vivemos uma ilusão. Esvaziávamos o campo pensando estar crescendo nas cidades. Mas a visão que faltou aos barões da indústria, acabou sobrando aos novos comandantes da economia agrícola. Sim, o salto que demos no setor agrícola foi resultado, não há como negar, da mudança de comando na atividade do campo. Criamos no Brasil gerações de empreendedores rurais que substituíram os velhos “fazendeiros” que não se preocupavam com a produtividade, que não buscavam soluções científicas para o aumento da produtividade, mas apenas agregavam novas áreas para o plantio e para a pecuária, deixando para trás as “terras cansadas” pela exploração inadequada. Gente que se recusava a agregar tecnologia, pois aprendera com seus antepassados. E se deu certo com eles, daria certo novamente. Ouso dizer que o salto para o agronegócio aconteceu a partir de 1975, com o lançamento do Polocentro, que mais do que agregar área de cerrado, estimulou o uso da tecnologia e da pesquisa na produção rural. A agricultura teve a ousadia que faltou à indústria. O setor investiu em sua modernização, na produção sustentável. A indústria, e outros setores de nossa economia, ao contrário, não valorizou a pesquisa e se acomodou no protecionismo. Hoje o país tem uma economia dependente do agronegócio, responsável por 40% de nosso PIB. A agricultura, por si só, responde por algo em torno de 25% do PIB nacional, resultado de sua profissionalização que trouxe o mercado externo. Somos novamente um país agrícola. Hoje muito mais moderno e profissional. Neste setor nossa tendência é continuar crescendo, agregando tecnologia e substituindo mentalidades tacanhas, dos que acham que para crescer é preciso tacar fogo, destruir o meio ambiente. Estes, mais cedo do que imaginam, serão substituídos por mentes mais arejadas, daqueles que acreditam na tecnologia e na ciência, como a ministra Tereza Cristina (foto), empresária e engenheira agrônoma, que enxerga o agronegócio como parceiro do meio ambiente. E em Minas a competente secretaria da Agricultura, Ana Valentin, e o presidente da Federação da Agricultura, Roberto Simões. Até mesmo para combater vírus ou desenvolver a indústria. Não a que está aí, mas a que virá pós pandemia. Acreditem, em muito pouco tempo.

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