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Apesar de tudo, Levy acha que inflação está sob controle

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse hoje (11) que a inflação não está fora de controle e que o Banco Central está “vigilante” para que governo consiga baixar o índice até o centro da meta, de 4,5%, até 2016. A inflação oficial de maio, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na quarta-feira (10), subiu 0,74% em relação a abril e o acumulado nos últimos 12 meses atingiu 8,47% – o maior desde dezembro de 2003. “O Banco Central está vigilante e deverá continuar vigilante para que nós possamos trazer a inflação em 2016 para 4,5%”, disse o ministro ao deixar o gabinete da Vice-Presidência da República, no Palácio do Planalto. Segundo Levy, o controle da inflação é um “trabalho conjunto” e necessário para garantir a estabilidade e a retomada do crescimento. “É muito importante a inflação também estar convergindo para criar confiança na sociedade para aquele plano de R$ 198 bilhões de concessões ir para frente, porque ele requer credibilidade e estabilidade na economia”, disse, referindo-se à segunda etapa do Programa de Investimento em Logística, lançado na última terça-feira (9) pelo governo.

 

Já o Banco Central tem dúvidas e pede determinação no combate

Determinação e perseverança são necessárias para impedir que a inflação permaneça alta por períodos longos, segundo avaliação do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Neste ano, o comitê reconhece que a inflação deve permanecer elevada, mas diz que a perspectiva de convergência para o centro da meta ao final de 2016 tem se fortalecido. A informação consta da ata da última reunião do Copom, divulgada ontem (11). No último dia 3, o Copom elevou a taxa básica de juros, a Selic, pela sexta vez seguida para 13,75% ao ano. Com o reajuste, a taxa retornou ao patamar de janeiro de 2009.

 

Ajustes de preço explicam inflação

Para o Copom, a inflação está em patamares elevados, principalmente, devido ao processo de ajustes de preços relativos na economia, ou seja, realinhamento de preços domésticos em relação aos internacionais e de administrados em relação aos livres. “O comitê considera ainda que, desde sua última reunião, entre outros fatores, esses ajustes de preços relativos na economia tornaram o balanço de riscos para a inflação desfavorável para este ano”, destacou o comitê. “Nesse contexto, conforme antecipado em notas anteriores, esses ajustes de preços fazem com que a inflação se eleve no curto prazo e tenda a permanecer elevada em 2015, necessitando determinação e perseverança para impedir sua transmissão para prazos mais longos”, acrescentou. O comitê destacou ainda que pode e deve conter os efeitos dos ajustes de preços. Nesse cenário, o comitê reafirmou que a política monetária deve manter-se vigilante.

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