A missão empresarial brasileira que viajou para os Estados Unidos em busca de uma solução para o tarifaço imposto aos produtos brasileiros encontrou um ambiente confuso, muita dificuldade de acesso ao Congresso norte-americano e uma embaixada brasileira paralisada e sem acesso a qualquer autoridade no governo de Donald Trump. O diálogo é nulo e não há sinais de que a situação será alterada nos próximos meses. Sem apoio do governo brasileiro, os empresários vão tentar abrir o diálogo durante a assembleia geral da ONU neste mês. Mas a embaixada brasileira não vai aproveitar o momento para tentar uma aproximação.
Dentre as dificuldades enfrentadas pelo grupo, que tem à frente o presidente da CNI, Ricardo Alban (foto/reprodução internet), estão a longa espera por uma conversa com parlamentares no Capitólio, sem que os membros do grupo fossem recebidos, nem mesmo por assessores de congressistas e muita desorganização. Alguns setores estão trabalhando direto com parceiros norte-americanos, mas em um painel sobre desmatamento que membros do grupo tiveram acesso, algumas associações criticaram o Brasil devido a denúncias de trabalho escravo, exploração infantil, desmatamento ilegal e barreiras não tarifárias aos produtos americanos.
Advogados contratados pelos empresários aconselharam os brasileiros a conversarem muito com todos os possíveis interessados. Só com muito lobby será possível romper essa barreira.