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Aumentos consecutivos da Selic preocupa indústria

Paulo César de Oliveira
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Ao comentar o aumento dos juros básicos da economia, para 13,75% ao ano, anunciado pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), o presidente da Fiemg, Olavo Machado (foto), defendeu que é preciso mudar urgentemente a dinâmica de aumentos consecutivos nas taxas de juros brasileiros. “A participação da indústria de transformação no PIB, que esteve acima de 30% na década de 80, no primeiro trimestre do ano ficou abaixo de 10%. Se não fizermos nada agora, a indústria brasileira continuará definhando e agonizando”, alertou. A taxa Selic subiu pela sexta vez consecutiva, ironicamente poucos dias após a divulgação do pior resultado do PIB desde a crise de 2008/2009. Na comparação com o 1º trimestre do ano passado, o PIB registrou queda de 1,6%, a indústria de transformação recuou 7% e os investimentos quase 8%. A nota da Fiemg diz que “até o consumo das famílias registrou resultado negativo (0,9%), o que não acontecia desde 2003. Tomando por base os números mais recentes da produção física brasileira (abril), vemos que a queda na produção industrial já está dispersa em quase todos os setores industriais, com exceção da indústria extrativa. Ao olharmos os indicadores do comércio e serviços, também temos números negativos, inclusive com o registro de crescente desemprego. Claramente, trata-se de um cenário de forte desaquecimento econômico, onde pressões inflacionárias não se sustentam mais, portanto, onde não se justifica mais penalizar consumidores e empresários com novo aumento dos juros”.

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