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Banco Central preocupado como alto volume de depósito na poupança

Em meio à crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus, as famílias brasileiras fizeram mais depósitos do que saques na caderneta de poupança no mês passado. Dados do Banco Central mostram que, em abril, os depósitos líquidos somaram R$ 30,459 bilhões. Este é o maior volume de depósitos líquidos em um único mês em toda a série histórica do BC, iniciada em janeiro de 1995. O mês de abril também foi o segundo consecutivo em que houve registro de depósitos líquidos. Em março, quando a pandemia do novo coronavírus fez com que o isolamento social se intensificasse, com reflexos sobre a atividade econômica, as famílias já haviam depositado R$ 12,169 bilhões líquidos na poupança. Esta corrida para a caderneta é justificada pela postura das famílias em relação à crise e pelas ações do governo para manter a renda da população. Na quarta-feira, o Banco Central já havia citado, por meio do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), que existe o risco de que a pandemia aumente a “poupança precacional” no Brasil. Em outras palavras, o BC vê o risco de que as famílias, com medo do desemprego e da redução da renda, aumentem depósitos em aplicações como a caderneta de poupança, para formar um “colchão” em caso de emergências. Isso é visto com ressalvas, porque mais dinheiro na poupança significa menos consumo – e ainda mais dificuldades para as empresas brasileiras.

 

Brasileiro pretende manter redução de consumo pós-pandemia

Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), encomendada ao Instituto FSB Pesquisa sobre os hábitos de consumo dos brasileiros pós pandemia, aponta que três entre quatro brasileiros pretendem manter o nível de consumo adotado na pandemia. Ou seja, o impacto na renda e o medo do desemprego levaram 77% dos consumidores a reduzirem, durante este atual período de isolamento social na maioria dos estados brasileiros, o consumo dos produtos testados. Muitos dos entrevistados já sentiram o efeito da crise no bolso. Do total de entrevistados, 23% já perderam totalmente a renda, e outros 17% tiveram redução no ganho mensal.

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