A crise não anda poupando nada e ninguém, nem mesmo as fortunas brasileiras. O Brasil foi o país que mais perdeu milionários em 2015 entre as grandes economias do mundo. O levantamento foi publicado pela consultoria Capgemini, que aponta que o número de “ricos e ultrarricos” passou de 161 mil em 2014 para 149 mil em 2015. A recessão, a queda do valor das Bolsas e a desvalorização do real foram os principais motivos da queda dos milionários no ranking. Segundo o estudo, os ricos do planeta estão mais ricos do que nunca e acumulam uma fortuna de US$ 58,7 trilhões. O valor é 4% acima de 2014. Na Europa, depois de anos de recessão e crise, 2015 registrou uma alta de 4,8% no número de milionários. Na Holanda, o salto foi de 7,5%. O estudo faz uma distinção entre dois grupos: os ricos são aqueles com uma fortuna acima de US$ 1 milhão, sem contar propriedades, carros ou quadros. Já para se qualificar entre os ultrarricos, a fortuna deve passar a marca de US$ 30 milhões. Pelo ranking da consultoria, o Brasil caiu da 16ª para a 17ª posição entre os países com o maior número de milionários, superado em 2015 pelos russos. “O Brasil continua a sofrer uma contração diante de volatilidade política e da queda dos mercados de ações”, indicou o informe.