A importância do trabalho desenvolvido pela Faemg e pelo Senar pode ser resumida pela experiência de Sílvio Januário (foto), um pequeno produtor da cidade de Inhapim. Com baixa produtividade, sem água e com os dois filhos já crescidos arrumando as malas para procurar melhores condições de vida, Sílvio Januário tomou uma decisão que mudou a sua vida e de toda sua família. No Senar, ele aprendeu a cultivar o café, a preservar nascentes, preservar o meio ambiente e a produzir com qualidade. A produção melhorou e hoje, ele está exportando para a Europa. Os filhos desistiram de ir embora, ele está fazendo melhorias na sua propriedade e a vida só melhora. Esse conhecimento o levou a entender que “para se produzir com qualidade é preciso ser um ser humano com mais qualidade, se preocupar com o meio ambiente, contribuir com o nosso redor”. Atualmente ele sabe qual é o melhor ponto da colheita, aprendeu a lavar e fermentar o café. A vida dele e dos vizinhos mudou. Fábio Carvalho, do Sicoob Credicoorper e parceiro das atividades do Sistema Faemg e do Sebrae, disse que esse projeto busca o desenvolvimento das pessoas e, a partir daí, desenvolver as atividades e a comunidade na qual estão inseridos. “O trabalho da Faemg é o de transformar o produtor em um empresário rural e o resultado com Sílvio Januário mostra como esse trabalho é sensacional”.
Investindo no sonho
Outro exemplo vem da Jaleca, a empresa montada por Ana Luiza Gomes e que se tornou uma franquia, em plena pandemia. A empresa nasceu em 2018, primeiro com vendas pela internet, três meses depois ela abriu a sua primeira loja física, com o foco em se tornar um dia, em uma franquia. O consultor de finanças do Sebrae, Francismar Valadares Silva, ensinou o caminho, que não é fácil. Ele disse que o Sebrae tem o programa Minas Franquia, que busca garantir o suporte para as empresas que querem entrar nesse tipo de negócio a preencher as lacunas legas da lei para se tornar um franchising. O Sebrae já franqueou mais de 20 empresas no Vale do Aço e no estado são mais de 100 empresas. Mas nem todas conseguem. A empresa de Ana Luiza é uma das poucas, mas o cenário do país também ajudou e hoje ela tem cinco lojas franqueadas e com planos de expandir o seu negócio de venda de jalecos para os profissionais da área de saúde.