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Coronavírus derruba o turismo

O agregado especial de Atividades turísticas despencou 30,0% em março ante fevereiro, queda mais intensa da série histórica, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o instituto, as medidas preventivas contra a pandemia do novo coronavírus atingiram de forma mais intensa e imediata boa parte das empresas relacionadas ao turismo, especialmente os restaurantes, hotéis e transporte aéreo de passageiros .“As atividades correlatas ao setor de turismo foram aquelas que sofreram os maiores impactos no mês de março”, ressaltou Rodrigo Lobo (foto), gerente da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE. Houve retração nas atividades turísticas em todas as 12 Unidades da Federação onde são investigadas, com destaque para as perdas do Rio de Janeiro (-36,6%), Minas Gerais (-30,8%) e São Paulo (-28,8%).Na comparação com março de 2019, o volume de atividades turísticas no Brasil encolheu 28,2% em março deste ano, interrompendo seis taxas positivas consecutivas. Houve pressão da queda na receita de restaurantes, hotéis, e transporte aéreo e transporte rodoviário coletivo de passageiros. Por outro lado, o crescimento do segmento de locação de automóveis evitou uma perda ainda maior na média global. As atividades turísticas também recuaram em todas as 12 Unidades da Federação nesse tipo de comparação. As maiores perdas ocorreram no Rio de Janeiro (-30,5%), Minas Gerais (-28,3%) e São Paulo (-28,2%). No acumulado do ano, as atividades turísticas caíram 6,2% frente a igual período de 2019.

 

Isolamento derruba serviço

A pandemia do novo coronavírus derrubou também o volume de serviços prestados ao patamar mais baixo da série histórica. Em março, os serviços operam 17,2% abaixo do ponto mais alto registrado em novembro de 2014, no novo piso da série, 1,8% abaixo do nível de maio de 2018, que era até então o patamar mais reduzido, em decorrência da greve de caminhoneiros “Temos um cenário diferenciado, uma queda brusca, e uma perspectiva de acentuação dessas perdas, pelo menos até o mês de abril e mês de maio também. Estamos entrando no mês de maio com empresas ainda paralisadas. Então indica que a perda pode ser maior”, opinou Rodrigo Lobo. O volume de serviços prestados recuou 6,9% em março ante fevereiro, após já ter encolhido 1,0% no mês anterior.“O isolamento mudou completamente a rotina das pessoas. Muitas começaram a trabalhar de home office, saindo de casa só para atividades consideradas essenciais. Esse é o primeiro efeito importante sobre a atividade econômica. Com menor fluxo de pessoas nas ruas, a gente tem menor fluxo de atividade econômica e menor volume de prestação de serviços. A recomendação de não funcionamento ou funcionamento parcial de alguns estabelecimentos comerciais acabaram afetando também o setor de serviços”, disse Lobo.A perda registrada em março ficou concentrada nos últimos dez dias do mês, quando se intensificaram as medidas de isolamento para combate à covid-19. “Só essa perda de receita nos últimos dez dias já provocou um impacto muito importante no setor de serviços”, comentou Lobo.

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