Houve um contingenciamento das verbas para o custeio do governo mineiro em torno de 50%, nos últimos quatro meses, segundo relatório apresentado pelos secretários de Planejamento, Oto Levy, e da Fazenda, Gustavo Barbosa. Levy fala que eles conseguiram segurar os gastos do governo em R$ 3,5 bilhões, sem especificar que áreas foram prejudicadas. Cortar gastos, no entanto, não é suficiente para conter o desequilíbrio nas contas do governo. Com a aprovação da reforma administrativa o governo inicia um corte mais substancial na estrutura do governo e a partir de agora as atenções estão voltadas para garantir a aprovação do pacote de ajuste fiscal, que vai permitir o governo de Minas fazer o acerto de contas com o governo federal.
Remédio amargo
O remédio é amargo, mas Levy (foto) entende que amargo mesmo é não pagar o servidor em dia e não pagar o 13ª como o governo anterior. Entre as medidas impostas pelo governo federal estão a proibição de aumento real de salários e privatizações. Para os que são contra as medidas, ele argumenta que nos últimos 4 anos o governo foi péssimo dono de empresa, ao pegar dividendos para pagar dívidas e cita a Cemig como exemplo. A empresa, segundo ele não tem condições de fazer frente aos investimentos necessários para o desenvolvimento de Minas Gerais.